Pages

Redes sociais

Direitos Autorais a Rhoram e o Relógio do Tempo. Tecnologia do Blogger.

Posts em Destaque

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Playlist



Olá, galera!
Ao pensar em um playlist para ”Rhoram e o Relógio do Tempo” não poderia faltar, é claro, OneRepublic! Veremos agora um pouco sobre a banda, e duas músicas que considero perfeitas para a trilha sonora.

A Banda
OneRepublic é uma banda americana de pop rock que surgiu em Colorado Springs[1]. Formada em 2002 por Ryan Tedder e Zach Filkins, a banda alcançou grande sucesso no MySpace, tornando-se o ato mais importante do site então. Eles assinaram com a Mosley Music Group, em 2006, e lançou seu álbum de estréia, Dreaming Out Loud em 20 de Novembro de 2007. O álbum debutou na 14ª posição na Billboard 200, ranking de álbuns mais importante dos Estados Unidos.






All Fall Down
Step out the door and it feels like rain 
That's the sound (that's the sound) on your window pane 
Take to the streets but you can't ignore 
That's the sound (that's the sound) you're waiting for 

You feel that your will starts crashing down 
Whenever you're will starts crashing down 
Whenver your will starts crashing down 
That's when you find me. 

Yeah God love your soul and your aching bones 
Take a breath, take a step, maybe down below 
Everyone's the same 
My fingers to my toes 
We just can't get a ride 
But we're on the road 

If ever your will starts crashing down 
Whenever your will starts crashing down 
Whenever your will starts crashing down 
That's when you find me. 

Chorus: 

(Yeah) Lost til you're found 
Swim til you drown 

Know that we all fall down 
Love til you hate 
Jump til you break 
Know that we all fall down 

If ever your will starts crashing down 
Whenever your will starts crashing down 
If ever your will starts crashing down 
That's when you'll find (find) me 

Lost til you're found 
Swim til you drown 
Know that we all fall down 
Love til you hate 
Jump til you break 
Know that we all fall down 

All fall down, we all fall down, all fall down 
We all fall down, all fall down, all fall down 

Lost til you're found 
Swim til you drown 
Know that we all fall down 
Love til you hate 
Jump til you break 
Know that we all fall down.




All The Right Moves
Paint a picture of a perfect place
They've got it better than we need it, I once told you
I'll be the King of Hearts, you be the Queen of Spades
And I'll fight for you like I was your solider

I know we've got it good
But they've got it made
And the grass is getting greener each day
I know things are looking up
But we should head on down
Until everybody's knowing our name

They've got all the right things in all the wrong places
Someday, we're going down
They've got all the right moves and all the wrong faces
Someday, we're going down

Everybody knows, everybody knows where we're going
Yeah, we're going down
Everybody knows, everybody knows where we're going
Yeah, we're going down

Something special, yeah, something nice
Know if anything that happens, I've got you
The world is seeing stars, when you're seeing lights
Listen to* everything your messenger's taught ya'.

It can be possible to make you fall,
Only when it's over our heads
The sun is shining everyday, but it's far away
All the world is dead, they've got they've got

They've got all the right things in all the wrong places
Someday, we're going down
They've got all the right moves and all the wrong faces
Someday, we're going down

Everybody knows, everybody knows where we're going
Yeah, we're going down
Everybody knows, everybody knows where we're going
Yeah, we're going down

No matter how I try
I know that I'll never find
Someone that I love like you
I'll push them all away
But I cannot seem to find
Someone that I love like you

All the right things in all the wrong places,
So yeah, we're going down
They've got all the right moves and all the wrong faces
So yeah, we're going down

All the right things in all the wrong places,
So yeah, we're going down
They've got all the right moves in all the wrong faces
So yeah, we're going down

Everybody knows everybody knows where we're going
Yeah we're going down
Everybody knows everybody knows where we're going
Yeah we're going down

All the right moves
Yeah, we're going down
All the right moves
Yeah, we're going down

No matter how I try
I know that I'll never find.





Pintar um retrato de um lugar perfeito
Eles têm melhor do que precisamos dela, uma vez eu lhe disse
Eu serei o rei dos corações, você é a Rainha de Espadas
E eu vou lutar por você como se eu fosse seu soldado

Eu sei que nós temos é bom
Mas tenho feito isso
E a grama está ficando cada dia mais verde
Eu sei que as coisas estão melhorando
Mas devemos cabeça para baixo
Até todo mundo conhecer o nosso nome

Eles têm todas as coisas certas em todos os lugares errados
Algum dia, nós estamos indo para baixo
Eles têm todos os movimentos certos e todos os caras errados
Algum dia, nós estamos indo para baixo

Todo mundo sabe, todo mundo sabe para onde estamos indo
Sim, estamos indo para baixo
Todo mundo sabe, todo mundo sabe para onde estamos indo
Sim, estamos indo para baixo

Algo especial, sim, algo de bom
Saber se tudo o que acontece, eu tenho você
O mundo está vendo estrelas, quando você está vendo luzes
* Ouça tudo o que o mensageiro é ensinado ya '.

Pode ser possível para fazer você cair,
Só quando está sobre nossas cabeças
O sol está brilhando todos os dias, mas está longe
Todo o mundo está morto, eles têm que tenho

Eles têm todas as coisas certas em todos os lugares errados
Algum dia, nós estamos indo para baixo
Eles têm todos os movimentos certos e todos os caras errados
Algum dia, nós estamos indo para baixo

Todo mundo sabe, todo mundo sabe para onde estamos indo
Sim, estamos indo para baixo
Todo mundo sabe, todo mundo sabe para onde estamos indo
Sim, estamos indo para baixo

Não importa o quanto eu tente
Eu sei que eu nunca vou encontrar
Alguém que eu amo como você
Vou empurrá-los todos fora
Mas eu não consigo encontrar
Alguém que eu amo como você

Todas as coisas certas em todos os lugares errados,
Então, sim, estamos indo para baixo
Eles têm todos os movimentos certos e todos os caras errados
Então, sim, estamos indo para baixo

Todas as coisas certas em todos os lugares errados,
Então, sim, estamos indo para baixo
Eles têm todos os movimentos certos em todas as faces erradas
Então, sim, estamos indo para baixo

Todo mundo conhece todo mundo sabe para onde estamos indo
Sim, estamos indo para baixo
Todo mundo conhece todo mundo sabe para onde estamos indo
Sim, estamos indo para baixo

Todos os movimentos certos
Sim, estamos indo para baixo
Todos os movimentos certos
Sim, estamos indo para baixo

Não importa o quanto eu tente
Eu sei que eu nunca vou encontrar
Alguém que eu amo como você.




terça-feira, 29 de maio de 2012

Casting de Hoje

 
Rhoram é um garoto inglês órfão, magricela e de cabelos cheios, que decide fugir do orfanato em que reside por conta de uma malvada diretora chamada de Margot. Rhoram também é dono de um relógio misterioso que tanto o ajudará como também o prejudicara. Ele se mudara para a sede dos Retirantes, e descobrirá que sua jornada não está pelo fim. Será só o começo de tudo...




Deni é um garoto com a mesma idade de Rhoram – 14 anos e meio -, e é mais alto que seu amigo, e reclama de quase tudo. Mas o ajudará em suas decisões precipitadas, provando sua lealdade incondicional.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Capítulo 1



Sei que estou devendo a sequência do resumo de Rhoram, e como prometi de divulgá-lo nas próximas postagens, resolvi fazer melhor.
Os leitores de plantão não precisam esperar mais... Divulgarei hoje em primeira mão o 1° Capítulo de “Rhoram e o Relógio do Tempo”.

Rhoram
&
 O Relógio do Tempo
Hayane Souza


"Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre."
 Charles Chaplin

E tudo começou assim...



 Capítulo 1

A PARTIDA


F
azia um tempo terrível em Londres.
Semana passada havia caído até granizo.
Aqui, no orfanato, tivemos algumas telhas quebradas. Só percebi que havia um rombo no telhado porque senti um frio assombroso; e em pensar que meu coberto é extremamente fino e puído.
Pelo visto o inverno será bem...  É melhor nem dizer o palavrão.
Lá fora a situação não era nada boa: casa, carros, árvores, prédios, absolutamente tudo, estava coberto por uma grossa camada de neve. Daqui de dentro do meu quarto mofado a única coisa barulhenta era o tic-tac do relógio de pêndulo. E, como se não bastasse, tínhamos uma megera como diretora: Tia Margot — era assim que queria que nós a chamássemos.
Hoje era um dia como todos os outros. Insípido e monótono. Tia Margot monitorava os mais novos na fila para o almoço, e ficava evidente a sua falta de sensibilidade com crianças.
Quando uma menininha, de uns sete anos mais ou menos, aproximou-se dela e pediu que pegasse uma colher para ela, pois a sua Todd havia escondido e não queria devolver, Tia Margot a puxou pelo braço até a sua mesa, e a colocou impolidamente sentada e falou brava:
— Pois então coma com os dedos e não me infernize com choramingo, garota mimada!
A menininha engoliu o choro e não disse mais nada, ficando com fome no almoço.
Aproximei-me mais da cantina, e pedi uma colher à cozinheira Gina, que não era uma pessoa ranzinza como a Tia Margot; a mulher foi muito gentil entregando-me o talher. Dei-o a menininha, que pelo que pude ver, estava chorando de cabeça abaixada.
— Pegue, garotinha. Não ligue para o que aquela bruaca anda falando para você. E não peça mais nada a ela. Da próxima vez que precisar de uma colher, peça para Gina, e ela não lhe negará nada.  
Nada era apreciador no orfanato. Nem mesmo a arquitetura, que mais tinha cara de asilo público do que um lugar onde habita crianças.
Eu mesmo já estava deixando de ser. Tinha 14 anos e meio, e nunca conheci nem meu pai e muito menos minha mãe; nem Tia Margot chegou a conhecer. Fui simplesmente largado a beira da porta de madeira preta, rústica e larga do da entidade São Consolat. Ninguém nunca veio procurar por mim. Simplesmente abandonado, como se eu não tivesse geradores. Então era isso, eu era um órfão sem pai nem mãe, sem nome, sem nada.
Cresci aqui e nunca conheci um parque de diversões, não havia nem ao menos um playground, ou um balanço, e nem uma bola, e eu nunca tive a oportunidade de jogar baseball. Havia anos em que pude pela primeira vez tocar em uma bola. Não havia brinquedos ali o suficiente para todos.
Todos os anos, no Natal, ganhávamos brinquedos, mas era escasso, sendo muita sorte mesmo quando se conseguia para todos. Tia Margot não fazia questão alguma de que ganhássemos nada.
Eu fui um dos poucos sortudos, havia ganhado um lindo relógio, estranho... mas lindo.
Era véspera de Natal. Dia de ganhar presentes. Dia de comer um pouco melhor, e de dormir um pouco mais tarde, à espera da chegada do dia natalino. A mesa estava cheia, e nós vestíamos as nossas melhores roupas, e esperávamos como esfomeados pela hora da ceia. E a ansiedade sempre nos dominava na hora de recebermos os presentes. Era como a brincadeira da cadeira: alguns sempre ficariam sem seus acentos — no caso, sem os presentes.
— Rhoram... — anunciou Tia Margot com sua habitual voz arrastada, e olhando várias vezes para o embrulho prateado com um laço azul na borda.
Ela arregalou os olhos repentinamente, tão admirados quanto os meus, que agora não conseguiam desviar do presente. Era o meu primeiro presente em todos estes anos, e parecia ser algo não muito pequeno, dentro de uma caixa mediana, até aquele momento.
Com relutância Tia Margot o entregou para mim.
Havia meu nome escrito num pequenino papel colado ao embrulho prata.
Para Rhoram
Cuide bem.
Senti uma alegria enorme, que mal pude acreditar que o presente era meu.
Mas quem me mandaria um presente? Não havia remetente; somente o meu nome e um pedido para que eu cuidasse bem. Quem se lembraria de mim depois de tantos anos? Depois de eu ter crescido tanto? Nem mesmo quando eu era mais criança não tive um privilégio como este. Era por acaso alguma piadinha de mau gosto? Algo para me fazer sentir bem? Para zombar da minha cara? O que seria realmente?
 Nem uma pequena resposta encontrei no rosto enrugado de Tia Margot. Ela também estava tão confusa quanto eu.
Quem havia me mandado o presente? Quem teria se dado ao trabalho de colocar meu nome no papel?
Geralmente os embrulhos não eram dedicados a ninguém. Tia Margot entregava para quem ela achava que merecesse. Felizmente o meu presente veio com um destinatário. O que significava que ela não poderia me tomar, pois era meu.
— Abra logo, Rhoram! — incentivou Deni, ao meu lado, tão ansioso que parecia até que tinha sido ele quem tinha ganhado o presente.
Abri cauteloso o embrulho prata, e vi uma caixinha menor dentro da maior. Ligeiramente me atingiu um desânimo, mas continuei. Abri a pequena caixa, e me surpreendi! Lá dentro havia uma espécie de relógio muito estranho.  Era muito legal.
 — Que coisa horrorosa! — exclamou Tia Margot, fazendo os outros órfãos rirem da minha cara. — Sorte a sua de que é feio, se não teria ficado para mim, moleque — completou, exibindo os dentes amarelados.
— Sorte a sua que não têm fiscais visitando seu orfanato... — retruquei baixinho.
— Como disse garoto? — perguntou a velha, estreitando os olhos negros.
— Nada.
— Bom que não seja nada mesmo, moleque insolente.
Deixei a sala apinhada de crianças e subi para o quarto logo depois que havia acabado a entrega dos presentes. Deni ganhara um apito — e um aviso de Tia Margot para não usá-lo perto dela, porque senão ele não teria mais o seu objeto.
— Antes um apito do que nada, não acha, Rhoram? — perguntou-me ele, depois que todo mundo já havia jantado e trocado suas melhores roupas por pijamas listrados e puídos. 
— Sim — respondi com um pouco de pena dele.
Um apito era algo muito sem graça, mas ao que parecia ele realmente tinha gostado por ter ganhado aquilo. Senti-me meio triste por eu ter recebido um presente melhor que o dele.
Deni, meu melhor amigo e colega de quarto, falava que o presente era cafona e que o achava esquisito; mas eu não ligava para o que ele falava. O bom era que mostrava as horas — e pra isso já era bom demais —, afinal era um relógio e era para isso que servia: para mostrar as horas.
Ele tinha uma história de vida praticamente como a minha. Não sabia sobre o paradeiro de sua família. A única coisa que sabia era que uma mulher o havia encontrado abandonado, enrolado em um manto, na porta de sua casa. A mulher não o quis criar, achando melhor entregá-lo para o orfanato. Foi entregue ao São Consolat uns dois meses depois de mim. Ninguém nunca veio procurá-lo também. E Tia Margot sabe tornar todo este abandono e solidão no mais desesperador de todos. Não há um dia em que ela amanheça sorrindo para a vida, se não for para nos dar maus tratos e terríveis castigos contínuos. Não já bastasse a carga pesada de saber que seremos eternos abandonados, que nem mesmo nossos pais não nos quiseram, e ainda por cima vem a bruxa-megera infernizar nossas vidas.
— Bruxa.
Eu disse baixinho.
— Megera...
Bufei.
— Carrasca!
Falei entre dentes.
 — O que foi que você disse, Rhoram? — perguntou Deni, que ainda continuava deitado no trapo que tia Margot chamava de cama.
— Nada.
 — É um nada bem aborrecido — observou ele, bocejando.
Fiz uma careta olhando para a parede encardida.
— Que horas são, cara? — perguntou, levantando-se e espreguiçando-se.
— 07:08h... Melhor eu... ficar... Vá sem mim.
Ele me olhou com os olhos arregalados.
— E contrariar Tia Margot?
— UFF! — exclamei, lançando um sorriso de lado. — Por mim... — disse por fim, fazendo descaso.
Ele me olhou pelo canto do olho, com um olhar de quem diz “se você contrariá-la, ficará de castigo por uma semana”.
— Vou ficar — declarei, bastante calmo.
— Está louco?! Perdeu o restante do juízo que tinha?
— Quero que se dane tudo! Estou cansado! Quem, em sua sã consciência, viria para um orfanato abandonado por Deus e adotaria uma criança de quase quinze anos?!
Deni não respondeu. Ele também já havia perdido a esperança há muito tempo, assim como eu.
Olhei nos olhos dele, sério.
— Olha em que miséria vivemos! — exclamei por fim, tentando dar-lhe um choque de realidade. — A bruxa que nos monitora! Agora, me responda, vale a pena viver aqui?
Ele abaixou a cabeça, depois de pensar na resposta me olhou intenso e respondeu:
— Não.
Acenei confirmativamente para ele.
— Sei que você nem vai dizer que é um erro porque estamos no inverno, uma época ruim para sair daqui; nem que é difícil uma criança encontrar trabalho e um lugar para morar. Não tenho medo de ir lá fora e procurar por minha própria vida; afinal de contas teríamos que fazer isso mais tarde mesmo.
Deni não respondeu; ficou calado por um tempo.
Olhei novamente para o relógio de pulso: era 07:27h.
— É minha deixa — falei. — Daqui a pouco a megera aparece para saber por que ainda não descemos para o café da manhã.
— Vou com você — anunciou Deni.
Fiquei impressionado com a coragem dele; não era de se admirar que fosse meu único e melhor amigo.
— Vou sair com o grupo de retirantes — disse pensativo. — Você pode vir sim.
Pegamos alguns pertences nossos e colocamos apressadamente em duas mochilas. Sem escovar os dentes e tomar café, saímos o mais depressa que podíamos do quarto.
Já havia planejado uma fuga há semanas, é claro; eu sabia muito bem que o orfanato não era uma penitenciaria de grande porte. Poderia muito bem fugir sem ser notado ao menos. O lugar precisava urgentemente de uma reforma, e com isso vários buracos estavam espalhados pelo orfanato. Definitivamente uma entidade carente.
Nós descemos pela lavanderia que nos conduzia ao quintal úmido e frio. Lascas de gelo pendiam das árvores, e do lado de fora não havia nada com cor; era apenas um branco absoluto. Seria um inverno rigoroso este ano...
Passamos por um buraco na parede. Era bastante estreito, mas como éramos magros conseguimos atravessá-lo sem muitos problemas.
— O que vamos fazer agora, Rhoram? — perguntou Deni, tremendo de frio.
— Vamos procurar por Angel. Uniremos ao grupo dele.
— Ah... é?  E onde ele esta agora? — perguntou novamente, trincando os dentes.
— Não sei ao certo. Da última vez que o vi, ele estava pro leste...
— Ah! Nossa! Maravilha! Agora sei que estou andando com um louco de vez! — exclamou, descrente no que eu tinha em mente.
— Por isso é que somos amigos; se eu fosse um cara amedrontado, você não andaria comigo.
— Tem razão.
— Preciso primeiro procurar por John, pois ele sabe onde encontrar Angel.
— Ou seja, já temos algum plano em mente.
— É. Pelo menos com o Angel não estamos nas ruas. No grupo dele sempre tem espaço para mais um.
Os olhos de Deni se detiveram no relógio de pulso.
— Pare de usar este relógio estranho!
— Nem morto! Gosto dele — falei, passando a mão por cima do relógio preto, realmente estranho, como Deni havia dito.
Era flexível, sem o fecho; era só pegar na pulseira e esticar que saía do pulso; como eu disse: bastante flexível.
O mais curioso era o mostrador: ele tinha vários relógios pequenininhos em volta do relógio principal;  e uns símbolos estranhos, que nunca entendi do que se tratava. Uma coisa era certa: era algo a respeito do tempo.
— Já conseguiu entender para que servem essas coisas estranhas aí?  — perguntou ele, esfregando as mãos.
— Não. Acho que é uma espécie de relógio do futuro.
— Será que os relógios do século XXI serão assim?
— Talvez. Mas parece avançado até para esse século.
— Com certeza não é de 1944. Isso com certeza — riu irônico.
Deni e eu continuamos a seguir em frente, e nossas pernas estavam doendo muito, mas não por causa do cansaço, e sim por causa do frio que enrijecia praticamente tudo em nosso corpo. Ele não parava de trincar os dentes e eu também.
— Será que não dava para apressar os passos? Estou congelando! — queixou-se.
— Eu também estou, mas não fico reclamando feito uma mocinha.
— Diz isso por que não esta com pouco casaco!
— Achou mesmo que esses casaquinhos que você usa iriam aguentar a 3°C negativos?!
Ele olhou para mim com cara de cachorro abandonado e respondeu:
— Achei sim...
— Você às vezes tem preguiça até de pensar, Deni — brinquei.